Se tem uma coisa que é unanimidade entre as crianças é o tal biscoito de polvilho (ou como diz meu filho, “bicoito de pão-vilho” – é tão fofo que dá até dó de corrigir). Mas tem também bastante gente grande que curte, inclusive meu marido. Esses dias ele estava se lembrando com saudade das visitas que fazia a um amigo cuja mãe e avó tinham o costume de assar biscoitos de polvilho caseiros. Segundo ele, quando sentia o cheirinho que vinha do forno já ficava com vergonha, antecipando que ia dar vexame de tanto comer biscoitos de polvilho quentinhos, mesmo fazendo o maior esforço do mundo para maneirar. Achei tudo em torno dessa história uma delícia e para agradar meus ávidos comedores de biscoito de polvilho, decidi fazer ontem de noite (também uma forma de me consolar por uma tentativa meio frustrada de um disco de suspiro, que ainda esse finds faço de novo e posto aqui). Fiz os biscoitos a título de surpresa pro marido, mas tive que mostrar os biscoitos assando no forno pro meu filho, que de cara já achou o máximo. Sei que deu um tempinho de forno e a casa já estava impregnada com aquele cheiro de lar, cheiro de coisa assada no forno. Hummmm! Fui chamar os meninos pra comer a surpresa. Imediatamente o pequeno denunciou ao pai que era “bicoito”. Sobre o tipo, nem precisou especificar. O cheiro bastou pra adivinhar que era de polvilho, o que me deixou ainda mais feliz, por poder reproduzir de certa forma uma boa lembrança, uma das melhores coisas da vida. Quanto à receita (dei uma viajada, mas prometo que agora vai! rsrs), é bastante simples, adaptada de “O grande livro de receitas de Claudia” (de longe o melhor presente que já recebi na vida). Faz um pouco de meleca, já que o polvilho quando misturado com os líquidos vira praticamente uma cola. Mas não é difícil e os biscoitos ficam realmente uma delícia. Se preferir, pode assar menos e deixá-los macios. Do contrário, asse mais e obtenha biscoitos crocantes, muito parecidos com aqueles de pacotinho. Mãos à massa!
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Ingredientes:
– 1 1/2 xícara de polvilho azedo
– 1 xícara de água
– 1/3 xícaras de óleo
– 1/2 xícara de mussarela ralada
– 3 ovos
– sal a gosto
Modo de fazer:
Pré-aqueça o forno em temperatura alta. Numa panela pequena ou leiteira,coloque a água e o óleo e ferva. Coloque o polvilho numa tigela, acrescente a água com óleo ferventes e mexa vigorosamente para unir tudo. Acrescente os ovos e continue mexendo. Por fim coloque o queijo e o sal e mexa até que tudo vire uma massa meio liguenta. Não fica mesmo uma massa homogênea (é assim mesmo!), mas bata tudo o máximo possível para ficar bem misturado. Coloque a massa num saco de confeitar (usei um bico circular médio). Se não tiver, coloque num saquinho descartável e corte a ponta (faça um buraco pequeno, de 0,5 cm, mais ou menos, para controlar melhor a saída da massa). Numa assadeira untada (na verdade essa quantidade de massa dá umas 3 assadeiras médias cheias), disponha os biscoitos no formato que quiser (confira algumas possibilidades na foto), deixando um pouco de espaço entre eles, pois apesar de não ter fermento na massa, eles crescem. Asse em forno alto, até que comecem a dourar (aprox 20 minutos). Se assar mais um pouco, eles ficaram mais crocantes e durinhos quando esfriarem. Se preferir, pode assar menos e obter biscoitos mais macios. Rende um monte de biscoitos (3 assadeiras médias).
Dica 1: depois que os biscoitos esfriarem completamente, conserve-os em saquinho bem fechado, fora da geladeira.
Dica 2: se quiser comer biscoitos quentinhos também no dia seguinte, ou se achar que ficaram muito macios, leve novamente ao forno por alguns minutos.
Dica 3: para biscoitos diferenciados, misture à massa alguma erva fresca, como tomilho ou alecrim, ou polvilhe parmesão ralado sobre os biscoitos crus (antes de por a forma no forno).
Pensa num troço gosto!!!
Valeu Lili! Foi uma surpresa das mais legais. Eu adorava aquele cheirinho de biscoito de polvilho na casa do Eduardo quando a vó dele fazia. É um dos cheiros que mais me remetem à infância. Pode fazer mais que eu e o Pico somos apreciadores da coisa.